Falsificação de Bebidas Atinge Níveis Alarmantes: 36% dos Produtos no Brasil São Irregulares

Um alerta importante para o setor de bebidas e para os consumidores brasileiros: cerca de 36% das bebidas comercializadas no país apresentam algum nível de falsificação, segundo dados recentes divulgados por especialistas do setor. O número impressiona e revela um grave problema de segurança alimentar, saúde pública e risco econômico.

A falsificação envolve práticas como adulteração de rótulos, uso de substâncias tóxicas ou de baixa qualidade, ausência de registro sanitário e até a reutilização de embalagens legítimas com conteúdo falsificado. Entre os produtos mais afetados estão bebidas alcoólicas, como cachaça, uísque e vodca, mas também há registros de fraudes com refrigerantes, sucos e energéticos.

Impactos para a saúde e para a economia

O consumo de bebidas falsificadas pode causar sérios danos à saúde, incluindo intoxicações, problemas hepáticos, neurológicos e até a morte. Para as empresas legalizadas, a prática representa concorrência desleal, evasão fiscal e queda na credibilidade do setor. Estima-se que o mercado ilegal de bebidas gere prejuízos de bilhões de reais ao ano em arrecadação de impostos.

Falta de fiscalização e canais de denúncia

Um dos fatores que contribuem para esse cenário é a fragilidade na fiscalização. Em muitas regiões, a atuação de órgãos reguladores é limitada por falta de estrutura, o que facilita a atuação de falsificadores. Ainda assim, denúncias podem ser feitas à vigilância sanitária local e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), órgão responsável pelo registro de bebidas.

Como se proteger

Consumidores devem estar atentos a sinais como:

  • Preços muito abaixo do praticado no mercado;

  • Falta de lacres ou etiquetas de segurança;

  • Alterações no sabor, cheiro ou cor da bebida;

  • Ausência de registro no rótulo.

O combate à falsificação de bebidas requer ação conjunta de órgãos públicos, iniciativa privada e da própria população. Proteger a cadeia produtiva e garantir a segurança dos consumidores deve ser uma prioridade no debate sobre riscos no Brasil.